Escrevo isto tanto para vocês, como para mim. Na minha lista de 101 coisas em 1001 dias há uma série de hábitos que gostaria de adicionar à minha rotina e já coloquei as mãos à obra! São ações que a longo prazo acredito que vão trazer melhorias significativas ao meu dia-a-dia e gostava que fossem tão automáticos como abrir um pacote de batatas fritas quando me apetece comer algo que não devia.
Neste últimos meses tenho-me focado em ler mais (apesar de gostar de ler, consigo perder o ritmo quando me deparo com um livro que não gosto e ainda assim continuo a insistir que quero ler até ao fim), escrever morning pages (google it), fazer exercício físico e avançar com os meus cursos online (uma hora por dia, pelo menos).
Definir o hábito
O ideal é começar com pequenos objetivos como por exemplo ler durante 20 minutos todos os dias em vez de, por exemplo, ler 100 páginas por dia (vai haver dias que encontramos tempo e outros que não, vinte minutos, no entanto, é razoável em quase todas as rotinas). Mas o que eu considero principal é que tem que ser algo que acreditamos que irá trazer algo de positivo no nosso dia-a-dia. Será difícil convencermo-nos a nós próprios a fazer pão fresco todos as manhãs, se não acreditamos que haja diferença significativa em comprar pão na padaria do lado, mas gostávamos porque alguém no instagram falou sobre isso e era giro! A longo prazo, não vai ser suficiente. Já dizia a Marie Kondo, isto traz-me felicidade? Se não, voa pela janela.
Um hábito de cada vez
Já diz todo o mundo: grão a grão enche a galinha o papo. Encontro-me com quatro em mãos e acreditem, ainda assim é tramado. A rotina, a vontade, a vida, os dias maus e até os muitos bons, há sempre coisas que se vão meter no caminho. Não queremos já traçar o caminho para falhar, correto? Eu sei que amanhã já queríamos estar a comer refeições caseiras super vegan, ir ao ginásio às seis da manhã, escrever três capítulos do nosso futuro livro e a fazer o pino ao mesmo tempo que aprendemos a falar três línguas. Mas isso não vai acontecer, com sorte acordam mais cedo no próximo sábado e vão inscrever-se no ginásio. Comecem devagar e escolham um hábito para atacar.
Preparar o cenário para não falhar
Ou seja, eu quero escrever morning pages. Se foram ao google já perceberam que se trata de escrever umas quantas páginas ou durante um x tempo logo de manhã. Não precisa sequer de fazer sentido ou de ser sobre algum tema em particular. Às vezes escrevo os meus sonhos, às vezes divago sobre a lista de compras. Mas se todas as manhãs, especialmente naquelas que acordo cheia de preguiça, eu tivesse que me levantar, ir buscar o bloco e sentar-me na mesa da sala, podem ter a certeza que me fartava de falhar. Coloquei um caderno A5 e uma caneta na mesinha de cabeceira e muitas vezes escrevo ainda antes de me levantar! Se querem fazer exercício físico todos os dias não vão guardar o equipamento na garagem ou para além da coragem para mexer as pernocas ainda têm que preparar o espaço todos os dias.
Registar o processo
Há uma série de aplicações que podem experimentar mas para mim, nada como o papel. Deixo uma dica dos meus tempos de bullet journal, mas também a minha nova maneira depois do curso do Real Productivity: How to Build Habits that Last.
Inicialmente, utilizava esta tabela. Tinha os hábitos todos registados numa coluna à esquerda e todos os dias de um mês em cima. Identifiquei os fim-de-semanas, porque gosto de me dar essa folga. São sempre mais imprevisíveis.
Como sou muito visual, não demoro muito a arranjar códigos de cores. Confesso que esta tabela tem uns anos e não estou certa de tudo. Mas sei que o azul era os dias que tinha cumprido a tarefa, cinzento nem por isso. Preto não era para fazer de todo e quase de certeza que o laranja/vermelho significavam dias que não tinha sequer vontade de abrir o caderno para registar que tinha ou não tinha feito. Eu disse, dias maus. Importante é tentar voltar ao ritmo o mais rápido possível!
Atualmente estou a utilizar esta maneira de registar os meus hábitos, que aprendi no curso Real Productivity: How to Build Habits that Last. Em vez de registar mensalmente, estou a registar de 15 em 15 dias. Que nos obriga a uma revisão mais frequente do processo e percebermos o que podemos fazer para nos facilitar a realização de determinada ação no nosso dia-a-dia.
Não existem cores, mas sim três símbolos: +, - e O
+ para tarefas realizadas
- para tarefas não realizadas
O também para tarefas não realizadas por motivos que não controlamos
Outra coisa de diferente é que também devemos registar os motivos porque não cumprimos determinada tarefa, o que no meu caso, me tem feito realizar mais coisas porque quando começo a pensar no motivo que vou dar a mim própria para não realizar algo, percebo que estou só a inventar desculpas 
E vocês, que hábitos gostavam de adicionar à vossa rotina e que maneiras mais práticas encontraram de manter um registo da vossa evolução?
mas para além dos filmes e cursos online, também li alguns livros, comecei a escrever Morning Pages diariamente (a partir do dia 7 de abril) e tenho tentado fazer exercício físico todos os dias (embora muitos dias ainda passem em claro). 
Notinha: sejam realistas! Se a vossa lista é para um ano, não esperem introduzir doze novos hábitos na vossa rotina. A nossa vida é uma correria, temos outras responsabilidades e fases menos boas (a preguiça bate a todas as portas e às vezes as séries do Netflix são mesmo viciantes). É preferível celebrar pequenas vitórias como beber um copo de água em jejum todas as manhãs do que desmotivar ao final de três meses por não estarem a conseguir riscar nenhum item da lista.
É um filme bem bonitinho para verem no próximo domingo em familia, com mão da Pixar mais uma vez nos fazer questionar: Então se este objecto tivesse sentimentos? 
Vai agradar pequenos e graúdos e prometo muitas gargalhadas e uns ooooohh.
Adeus dores de cabeça!
e uma só para me dedicar a descobrir como posso reduzir a minha pegada no mundo, chamasse No Planet B! mas sinto que ainda preciso de fazer uma pesquisa profuuuuuuuunda. 